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Arquitetos: Alexandre Picanço, Paulo Vieitas
- Área: 900 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Paulo Prata
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Fabricantes: AutoDesk, Omnicel, Schréder
Descrição enviada pela equipe de projeto. Uma boa parte das freguesias na região, utiliza o “Coreto” como elemento urbano de referência ao convívio social. Ao mesmo tempo que este elemento oferece um espaço para convívio e atuações festivas, torna-se ao mesmo tempo, e em praças de pequena dimensão, num elemento de ruído visual, desvalorizando eventuais edifícios históricos ou com interesse patrimonial.
Não querendo abdicar do conceito deste elemento, pela sua importância social, mas querendo rejeitar a forte presença volumétrica que o mesmo poderia causar, optou-se por desenhar um elemento central, que surge como uma reinterpretação desse mesmo “Coreto”, que servirá como referência na utilização da praça, e organizador de todo o espaço. Consistirá num elemento sobre-elevado, permitindo não só o seu uso como banco e zona de estar, bem como numa determinada zona delimitada, servir de palco para atuações diversas (...) ao invés de valorizar o tráfego automóvel, pretende-se tornar todo o espaço da praça, pedonal, no sentido da valorização não só das pessoas e do convívio social, mas também dos edifícios existentes, tais como a Igreja N. S.ª dos Anjos, a casa do Padre Manuel Pestana Pimentel, a Junta de Freguesia e fontanário contíguo, e ainda de reabilitação mais recente, o Centro de Interpretação da Cultura do Ananás.
Observando fotografias antigas da cidade, verifica-se que o ordenamento e a utilização de materiais de pavimentos, nas ruas e praças, era bastante humilde e simples, reflexo também do caráter social da época. Esta simplicidade, parece-nos também hoje, uma opção acertada para o reordenamento deste largo, e valorizadora de toda a envolvente. Assim, pretende-se que todo o pavimento seja único e de cor escura, e que surja do reordenamento e da reutilização das calçadas existentes, quer portuguesa em basalto, quer em paralelepípedos.